Esvaziar
Descer até o fundo
Não saber quando dá pé
Tocar o chão pra impulsionar
Sem precisar tocar
No processo, na subida
Não precisa encher o peito com nada
É só subir no que deixou pra trás
Na soma do que restou, soterrando pra não voltar
Sorrindo pra respirar
Tem tropeço, e eu tropeco
Torço pra não mentir
Pra não dar troco errado
Pisar sem ferir ou me ferir
Distorcer o futuro e nele me completar
Mas, nessa altura do campeonato
Num vôo rasante, naquele que sou a presa
O amor passa sem pressa
Faz parede, coluna e viga
E nunca, nunca chega o teto.


Nenhum comentário:
Postar um comentário