são luis,
a ilha dos amores mortos
são luis,
a linha entre podres destroços
dos ratos do tamanho da tua cara,
das mulheres que valsam nas saias falhas,
dos homens que nada sabem,
da forca esquecida na porta de casa,
os medos dispostos em cima da mesa,
vai tudo congelar,
o sertão mais frio que inverno no Alasca,
o chão mais morto que o esgoto da câmara legislativa,
tudo gélido e deprimente
na ilha onde um dia o sol torrou,
a ilha dos amores por quem se morria,
a linha entre minha cabeça
e a vontade de pular da ponte,
são luis,
o gelo é teu túmulo e tua glória,
é a morte na praia,
o nono inferno da agonia.
são luís,
vou-me embora pra sempre,
com o sorriso fraco no rosto,
a verdade fincada no peito,
e o fracasso de não poder te mudar um dia.
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