por mais que a chama arda,
e a fumaça preta se misture,
disfarçada,
querendo ser o que não é,
entrego-me meio que sem jeito,
ao te escrever isso em desafio,
com receio de me engolir,
com o respirar rarefeito,
provo do calor que fere por lazer,
na minha tontura de amar,
ternura que pende à tortura,
querendo desistir,
mas agora...
não agora,
flutuando sem me invadir,
tremendo de prazer,
falando sem parar,
açoite no argumentar,
esse tormento fugaz me desmaia em plena aurora...
e num rompante de ar puro,
como um fôlego de quem emerge em teu litoral,
percebo que meu nunca mais sempre demora.
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