deitado no chão gelado
os pingos e raios chamam a atenção
a cada passo dado no silêncio
sou exposto feito rosto em 3x4
deitado no escuro do quarto
na iminência do maldizer
digo o que quero, verdadeiro ao sofrer
o passado, o pecado, enfarta meu querer;
rasgo com os dedos o que nos separa,
e a cada palavra, a cada certa jogada,
minha mira erra o alvo,
erra a cara, disfarça a errata,
nunca salvo, sou o que imaginara:
deitado, sou verme inato,
e soou em mim o insensato,
dizendo que não volta,
pois fugiu no ato.
deitado, à palavra ingrata,
forma a face fatídica,
do meu estranho entender.
estirado e tênue,
meu corpo treme quando no teto te vê.
Um comentário:
Gostei muito do teu escrito..corresponderam minhas melancolias inefáveis.
Muito bom!
Luciany
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