muito giro, o girassol sabe,
tem asas de infinitas léguas,
lembranças que nunca acabam,
formas, escuro, lágrimas,
tudo misturado,
num punhado de mágoa num pedaço de pão.
acordado pela manhã rosea, com o giro sem freio,
o cheiro da noite não o satisfaz.
o dia é dele, todo dele, o dia, o sol,
e ele, anda, feito redemoinho vertical,
observando o doce vento do molhado manancial.
infiltra-se na vida, onde observa de longe
os belos momentos que lhe foge a vista,
que de tão cansada, acaba por ser eterna,
acaba por ser sempre inacabada.
ó, minha inspiração, por onde caminhas?
se não em meu amargo leito, onde quer que vá,
me guia direto nas formas de não-pensar.
sempre movimento, dias, noites
e o tempo a pairar.
eterno girassol, não vá nos esperar.
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