A lua cheia irrompe meu quarto,
Bate na branca parede com poemas invisíveis,
Que por sua vez, reflete e faz reverberar dentro de minh'alma,
A mais pura e plena certeza que outrora perseguia:
Somos lua.
Todas as fases dela,
Todas as línguas nela,
Em todos as crateras,
Num terreno arenosamente pressionado.
Somos lua.
Todos os momentos,
Todos os sons de dentro,
Captados pelo sofrimento da matéria-escura.
A lua cheia é a fase que persegue.
A minguante sou eu, neste quarto.
A crescente é a vontade de não querer sair daqui.
A lua nova é saber não ir atrás.
Somos lua.
Estás nua sob essa luz azul-prateada,
E em todo o seu especto astral,
Vem reverberar logo aqui dentro de minh'alma...
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