12/10/2014

Perto ao ponto de me matar, se fosse uma cobra

expliquei que não,
mesmo que em vão,
não preciso ver.

te percebo,
não nego, te sinto
não tenho refrão,
mas sigo no ritmo,
dizendo o querer.

me nego,
no medo,  me escondo,
e finjo sempre renascer.

mesmo que eu seja suvino,
ou simplesmente tolo menino,
por tentar sem sucesso,
pelas esquerdas viver,
é sempre na esquina virada,
nas ruas mal acabadas,
segurando um troféu,
atravessando só,
o meio da madrugada,
que encontro a felicidade disfarçada de sino.

percebo então que enxergo
no mesmo rosto envernizado,
o refrão que fujo a todo custo,
e ele sempre acaba na razão oculta - à minha espera -,
que esforça-se para me surpreender.

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