7/13/2014

Rodamoinho


deixe de lado o que é meu,
para ver o que se esqueceu,
naquela ultima estação,
única canção ainda perdida,
no palato do hipogrifo,
conhecido como razão:

"temei, pois,
há sim, sorvedouros de almas.
e os dividendos estão entregues,
a equação impressa,
o juízo teso,
segurando uma placa de contra-mão.

ó, divina divisão perene,
que assola todo ser,
algo gira em torno de mim?
supera o erro de ter sido teu?
sem separar o que valeu?

ó, divina epopéia solene,
que insistem chamar de vida,
algo sobra além do rodamoinho?
ventos sopram algum destino?
ou só se sabe do que se pode ferir?
ou do que pode rasgar o corpo que muito sofreu?".

deixe de lado perguntas assim, disse eu.
para ver o que ainda vem,
é preciso voltar aquela estação!
porque lá,
no hiato do teu peito,
está erguida a solução.






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