muito do que nego que vem de ti
é a sobra do almoço,
é a carne de pescoço,
servida fria,
depois do meio-dia
e mesmo quando eu rezo, só, aqui,
antes dum terço eu peco,
e pra depois, eu meço o incerto,
- a tua máscara-,
enfim serviu.
mas eu quero é amor primeiro
não sou homem de escanteio,
não bato lateral,
mas eu quero é teu inteiro,
não divido meio a meio,
me chame de animal,
muito do que sou, do que és,
minto quando vou,
quando vens me ver?
muito do que sou, teu revés,
miro no teu voo,
será que vais cair?
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