tudo é em vão.
e até que eu soubesse disso,
me infiltrei onde água nenhuma deveria,
ardi onde fogo algum poderia existir,
flutuei sobre planícies que qualquer vento fugiria
quando finalmente me sedimentei,
até completar o buraco da tua cova.
as pessoas são cemitérios ambulantes!
serei eu eterno coveiro enquanto viver?
fadado a enterrar vidas futuras antes mesmo delas existirem?
se tudo é em vão,
não preciso mentir,
não preciso de ti,
nem deixar vivo o que me acerta de supetão.
na nevralgia explícita da nossa miséria,
soterro a dor antes de ela acabar,
a dor,
e todos que vivem por me enganar.
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