sou todo errado,
perco dinheiro quando me pagam,
ergo a cabeça quando me negam,
viro grifo quando me tocam,
saio voando sem nem te olhar.
não me pegue não,
pois sou todo errado,
matei meu pai na encruzilhada,
com uma facada na literatura,
um pé na melodia não estudada,
na droga que me sacia,
na morte que me é espada,
mas não me pegue não,
se não for pra te enfeitar,
sou adorno discreto,
ferida latente no teu inferno,
paz distante no meu enredo,
faço morada na tua jugular,
e o meu brilho, é negro,
de tanto errado estar.
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