cabe a mim decidir
onde quero afundar o navio
onde as manchas são figuras
onde imagino e realizo o desvio
para meu rio desenbocar
cabe a mim, apenas a mim,
decidir sobre onde quero vencer
para viver o máximo que puder
para crescer tão alto quanto nuvem
para esmiuçar o céu com os dedos
onde mais cedo consegui repousar
cabe, somente,
em mim
energias nunca antes sentidas
pensamentos perdidos,
escondidos entre os espinhos
em mim cabe, somente,
semente infértil
dose letal e sutil
incontrolável e sempre atento
em mim, somente,
acaba em mim, solenemente,
nas cartas para o meu prematuro fim
na entrega para o tormento, cabe a mim//
eu, só eu,
deitado no banco de areia, febril,
transformado em monstro,
mas já servil,
eu, proteu,
de rebanhos intermináveis,
sucumbo perante a ti,
héroi,
se assim decidir.
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