pensei em escrever um livro inteiro pra ti,
com dedos de rato, suaves, longos e silenciosos,
pra ninguém perceber que eu te deixo cega,
que ensurdeces quando encosto em ti,
muito menos que perdes o fôlego quando finjo cair.
eu só pensei
que talvez se tu lesse um livro inteiro
todo
pra ti
tu talvez acreditasse em mim quando digo
que a penumbra atrás da tua sombra sou eu,
inúmeras veias com o líquido estático em infinito breu,
estátuas em meu museu hiperdramático,
faláceas nas minhas juras sintomáticas,
plenas de tanto querer
querer provar que
eu
todo
pra ti
talvez
eu
todo
pra mim
eu tolo
eu pra todo
eu
sou o que resta
de um livro
que se esqueceu.
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