por onde passo
afloro os sentidos,
troco as cores,
o que era vermelho torna-se então esquecível,
é suplantado pelo marrom dos cabelos infinitos em minhas memórias.
em cada ato da peça que escrevi,
onde a atriz principal era sempre musa implacável,
e me punha constantemente numa coadjuvância sem fim nem destaque algum,
tem o vestígio teu, que me fez nisso que sou hoje.
me tornaste um transliterador de inspirações,
daqueles que acumulam devaneios cíclicos em torno de si mesmos.
mudo a todos por onde passo,
sem nunca perder isso de mim,
sem ser alterado por qualquer uma das palavras humanas.
eu sou do frio, do centro do universo,
e sinto em te informar:
te decifrei desde quando entraste pela minha porta.
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Um comentário:
o centro do universo é quente, beibe!
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