distante, ouço vozes além mim
golpes de realidade fluem no banal
frio, humor, sentidos passiveis e existenciais
tudo transformado, nada normal
trouxera a mim a vida,
corro dela tal qual um cão de uma chinela.
me lembro toda vez das coisas distantes,
das coisas que eu queria antes,
tudo tão simples, o sumo da essência!
agora, estou preso à atual existência
e esta presa a mim, como unha e carne.
a falta é a totalidade, a cama uma eternidade.
tenho-me a esmo equivocado, atolado em discrepância.
vozes e mais vozes
teria eu discado 145 mentalmente?
ou estaria apenas numa freqüência diferente?
gritos, horrores atrozes garganta afora.
me escondo pelos cantos
tomo um susto, um olho vesgo, um espanto
onde estou agora?
perdido, completamente perdido.
procuro, nada acho.
não tenho mapas nem gps.
só olho o meu corpo
que na cama adormece.
fito o destino,
grito contra as vozes.
é inútil, sou feito de carne.
carne essa que um dia é morte.
12/29/2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário