serei eu apenas essa carne?
tudo nada?
nulo nada?
sou só mais um surdo,
simbólico no sentido desfigurado!
sorte a minha que por muitos desacreditado!
ah, que maldita indagação!
não posso ser só essa carne que me cerca!
quero ser sagaz como o tempo,
feroz como a chuva que desce das montanhas!
essa carne me amarra, não posso ser disso!
não quero ter compromisso com o desejo omisso!
nada de mas.
apartir de horas vou transfigurar auroras!
verter em sal os demônios que me atormentam
para poder ser nada como a carne!
este serei eu
nada nulo!
10/24/2008
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2 comentários:
É, meu amigo,
essa angústia antiga que te molha os versos
já banhou Caeiro,
já lavou as mãos e o cajado
de Zaratrusta.
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