10/24/2008

meta a física

serei eu apenas essa carne?
tudo nada?
nulo nada?

sou só mais um surdo,
simbólico no sentido desfigurado!
sorte a minha que por muitos desacreditado!

ah, que maldita indagação!
não posso ser só essa carne que me cerca!

quero ser sagaz como o tempo,
feroz como a chuva que desce das montanhas!
essa carne me amarra, não posso ser disso!
não quero ter compromisso com o desejo omisso!

nada de mas.

apartir de horas vou transfigurar auroras!
verter em sal os demônios que me atormentam
para poder ser nada como a carne!

este serei eu
nada nulo!

2 comentários:

Mateus Maia disse...

É, meu amigo,

essa angústia antiga que te molha os versos

já banhou Caeiro,
já lavou as mãos e o cajado
de Zaratrusta.

Bárbara Cunha disse...
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